sábado, 21 de abril de 2007

Dirigentes


Mensagem de B.P.

"Quero que vocês, chefes, entrem em ação e adestrem suas equipas inteiramente sozinhos e à sua moda porque, para vocês, é perfeitamente possível pegar em cada rapaz da equipa e fazer dele um bom camarada, um verdadeiro homem. De nada vale ter um, dois rapazes admiráveis e o resto não prestar para nada. Vocês devem procurar fazê-los todos positivamente bons. Para conseguir isso, a coisa mais importante é o próprio exemplo, porque, o que vocês fizerem, os seus escuteiros também o farão.

Mostrem a todos eles que vocês sabem obedecer às ordens dadas, sejam elas ordens verbais, ou sejam as regras que vocês conhecem escritas ou impressas; e que você cumpra a ordem, esteja ou não o chefe escuteiro presente. Mostrem que conseguem conquistar distintivos de especialidades e, com um pouco de persuasão, os seus rapazes seguirão o seu exemplo.
Mas lembrem-se que vocês devem guiá-los, e não empurrá-los."
(Baden Powell)

Caminheiros



A Unidade formada denomina-se por "Clã", os Caminheiros dividem-se por equipas de 4 a 8 elementos.Cada equipa escolhe para seu patrono um Santo de Igreja, um Herói Nacional ou outra figura cuja vida, os Caminheiros devem conhecer e tomar como modelo de acção e de vida.As actividades do Clã é designada de Caminhadas.
Lema: "Servir"Patrono: São Paulo (Saulo)Idade: Dos 18 aos 22 anos, podendo optar até aos 25Cor do Lenço: Vermelho debruado a branco

Caminheirismo
Todos os escuteiros são jovens em crescimento físico, intelectual e espiritual. Acompanhando este crescimento, o escutismo propõe para cada uma de 4 etapas de amadurecimento, formas de trabalhar diferentes com espaços de reflexão, acções e mundos de fantasia bem à medida do espírito que naturalmente caracteriza cada intervalo de idades. O caminheirismo é a mais séria e exigente de todas estas etapas, mas é também aquela em que temos espaço para passar para a realidade a grandeza das nossas fantasias, a ousadia das nossas aventuras e a força dos nossos empreendimentos. É nesta altura que tomamos à séria toda esta alegria de viver e nos preparamos para a levar ao resto do mundo.


Esta preparação é um caminho que agora começa e que assenta nos valores traduzidos pelas Bem-Aventuranças. A imagem que acompanha esta etapa é a do apóstolo peregrino - o caminheiro é aquele que faz caminho e o seu ideal é o Homem Novo, a perfeição de Jesus Cristo.
mística
A mística da IV secção está muito associada ao ideal de "fazer caminho". Um caminho com rumo certo - para o "Homem Novo" - e que assenta em valores muito concretos. Fazer caminho e não apenas, seguir caminho, é tão importante quanto o facto de não sermos todos iguais, como o produto de um mesmo molde; cada um vai tirando o melhor partido desta aprendizagem, introduzindo á sua medida, os valores propostos. O caminho é individual mas não solitário - há um espírito que une todos os caminheiros e aqui se cumpre a primeira parte da máxima de BP - O caminheirismo é uma fraternidade do ar livre e do serviço. - o resto vem naturalmente na vivência articulada dos valores em 4 dimensões:
o caminho, simbolizando a passagem da adolescência á idade adulta com o desafio de escolher um itinerário de descoberta e de acção;
a comunidade, dimensão que engloba a consciência de haver um mundo envolvente que avança simultaneamente com os seus sucessos e os seus problemas, do qual o caminheiro faz parte;
o serviço, uma marca forte deste caminho rumo ao "Homem Novo" com a descoberta da força interior trazida pela vivência das Bem-Aventuranças;
e a partida, que exprime simbolicamente que o acto de caminhar é em si mesmo mais importante do que o facto de chegar. No final do tempo no Clã, o caminheiro não chega ao fim da sua caminhada, mas "parte". Porque o fim de uma caminhada é sempre o início de outra.
No escutismo, esta proposta de valores é feita, em regra, através de uma característica original do seu método: o recurso a uma linguagem simbólica, cuja função é tanto a de ilustrar os valores propostos como a de fornecer referências concretas e sugestivas. Dentro da mística da IV secção sugerem-se como símbolos:

a vara bifurcada - expressão das encruzilhadas da vida e da necessidade constante de tomar decisões para avançãr;

a mochila - simboliza o desprendimento e a determinação de ir mais além; esta contém;

a tenda - sinal de mobilidade e prontidão para se pôr em marcha, mas também da necessidade de paragem temporária, para reflectir e interiorizar os acontecimentos da jornada;

o pão - transportado na mochila - alimento do corpo dado em partilha e em comunhão;

o Evangelho - pão do espírito, anúncio da Boa Nova de Cristo;

o fogo - sinal da descida do Espírito Santo. É o fogo que ilumina o peregrino durante a sua caminhada e lhe permite vencer a escuridão.

pioneiros



À semelhança dos Exploradores, os Pioneiros dividem-se em equipas de 4 a 8 elementos, cada equipa designa-se pelo nome de um animal, Totem ou figura histórica (ex. herói da História de Portugal), cujas siluetas figuram na bandeirola da equipa. Cada equipa adopta um grito e uma divisa de acordo com o Totem ou figura escolhida.

Também os Pioneiros devem ter a sua divisa.

Cada membro da equipa deve ter uma função (ex. Guia; Sub-Guia; Guarda-Material; Tesoureiro; Secretário; etc).


As actividades dos Pioneiros designam-se por Empreendimentos.


Lema: "Alerta"


Patrono: São João de Brito


Idade: Dos 14 aos 18 anos


Cor do Lenço: Azul debruado a branco

Ser Pioneiro é....Ter uma parte do céu no azul de cada um dos nossos lenços;Ter um "pedacinho" de Deus na alma.Contribuir para que cada pedacinho se vá juntando a outro pedacinho, construindo assim um céu imenso, fruto do conjunto de muitos pedacinhos.Viver numa busca incessante de algo que por vezes nem identificamos claramente;Constatar que já não somos crianças e, olhando, vermos o mundo à nossa volta e sentirmos um desejo imenso de o transformar, ajudando a construir um mundo melhor.Ser gota de água que fervilha com vida no seu interior, que descobre coisas novas em cada momento, que necessita de modelos e de algo com que se identifique, que procura mais, que quer descobrir mais, aprender mais, saber mais.Procurar, como os antigos Navegadores, pioneiros na descoberta de novos mundos, o verdadeiro caminho, o rumo certo, seguindo, pela Rosa dos Ventos, os azimutes correctos em direcção ao Pai.Colocar ao serviço dos outros as nossas aptidões, partilhar com eles a nossa própria existência.Viver em Equipa, percorrendo juntos o caminho traçado, onde cada um tem o seu papel, indispensável e insubstituível.É estar em comunhão ao serviço do próximo e de cada um, ao serviço de Deus e da comunidade, fiéis ao princípio de boa acção e da ajuda aos mais necessitados, cumprindo a missão de enviados que Cristo confiou a cada Homem.É mostrar aos outros as nossas descobertas e novas capacidades.É nesta interacção com os outros que a gota de água forma um riacho, se constrói uma corrente orientada, seguindo uma direcção e um sentido estabelecido.Cada um de nós é esta gota de água, que pode ainda juntar-se a outras formando riachos em torrente que marcam e transformam o mundo, numa demonstração clara da nossa força e da nossa vitalidade!O Machado é uma ferramenta que nos ajuda nas nossas construções, a abrir caminhos, a derrubar obstáculos, podendo até ser usado para salvar vidas.O Empreendimento é o local por excelência para congregar estes nossos riachos, misturando as águas e multiplicando as descobertas alcançadas por cada um de nós, que nos permitem passar à acção.


Mística


Rosa dos Ventos: Significa a busca, o percorrer novos rumos, a procura do caminho para ser feliz.
Gota de Água: Simboliza a pureza e a sensibilidade. A água ajudou a descoberta do mundo aos Pioneiros

Machada: É o gosto de construir e transformar, deixar obra feita. É a construção do mundo novo e simultaneamente da sua própria personalidade.

Exploradores


Os Exploradores dividem-se em patrulhas de 4 a 8 elementos, cada patrulha adopta o nome de um animal, Totem, cuja silueta figura na bandeirola de patrulha. Cada patrulha adopta um grito e uma divisa de acordo com o totem. Também os Exploradores devem ter a sua divisa. No caso de Exploradores que passem para Pioneiros continuam sempre com a mesma divisa.
Cada membro da patrulha deve ter uma função (ex: Guia; Sub-Guia; guarda-material; tesoureiro; secretário; etc).
As actividades dos Exploradores designam-se por Aventuras.

Lema: "Alerta"Patrono: São JorgeIdade: Dos 11 aos 15 anosCor do Lenço: Verde debruado a branco


Tal como a sociedade em que vivemos, também o Grupo Explorador se encontra hierarquizado, não num sentido de autoridade absoluta do nível maior sobre o menor, mas num sentido de progressiva integração de contributos e desenvolvimentos que não só contribuem para o crescimento e desenvolvimento do/a jovem, como para o crescimento e desenvolvimento da comunidade, mais ou menos alargada, a que pertencem.


A Patrulha é a célula básica de funcionamento do Grupo, e não é em vão que este surge da reunião e diversidade das Patrulhas que o integram. É, portanto, um elemento fundamental (para não dizer o mais importante) dentro do esquema pedagógico em que nos movemos, pois dá vida à Unidade, articula-a e constitui um âmbito educativo e de participação privilegiada para o Escuteiro.


Na Patrulha cada um tem o seu papel e tem a possibilidade de poder expressar-se. Só nela tem sentido falar de responsabilidades, de relações, de cooperação,...O Escuteiro pode descobrir, através do seu funcionamento quotidiano, valores de liberdade, amizade, democracia...
Para isso procura-se que a Patrulha tenha vida interna. Uma Patrulha não se constitui só sobre o papel, mas toma corpo na acção, através das Missões da Patrulha, actividades autónomas que ela se encarrega de realizar. Abreviadamente, pode-se dizer que não há Patrulha sem missão.

A Patrulha, composta por um pequeno grupo de Exploradores, é:
Coeducativa: isto é, integrada tanto por Exploradores como por Exploradoras numa proporção o mais equilibrada possível. As Patrulhas mistas, serão formadas por um mínimo de dois elementos do mesmo sexo. Compete aos Dirigentes do Grupo decidirem em contrário, caso lhes pareça mais conveniente a separação por sexos. O projecto coeducativo do nosso Movimento deve cimentar-se desde as Unidades básicas.


Estável: a Patrulha deve ter uma certa duração, uma certa permanência, que facilite a coesão entre os seus membros e o desenvolvimento daqueles valores que pretendemos que promovam (amizade, colaboração, funcionamento democrático...). A Patrulha deve ser algo mais que uma mera divisão da Unidade, para o tempo que dura uma Aventura ou uma actividade concreta (acampamento, missão, etc.).
Para que a Patrulha seja uma entidade activa na comunidade maior a que pertence, o Grupo deverá funcionar através de alguns elementos que lhe são próprios:
- Reunião da Patrulha
- Símbolos da Patrulha
- Canto da Patrulha

Neste contexto surgem diversas instituições reguladoras do funcionamento do Grupo, a saber:
- Guia de Grupo (designado de entre os Guias de Patrulha)
- Equipa de Animação, constituída por "irmãos mais velhos" e que integra os Dirigentes e Caminheiros em fase de ligação (responsáveis pelo bom funcionamento do Grupo)
Os elementos institucionais a seguir descritos têm muita importância se forem vistos na sua óptica educativa.
É na forma de os fazer funcionar e na utilidade que se lhes dá, que o/a jovem aprenderá um certo tipo de relações sociais ou outras.
O Agrupamento e o Grupo representam a sociedade, mais ou menos próxima. Sentir-se membro pertencente a ele, dá-lhe um sentido de pertença, de responsabilidade, de solidariedade e também de segurança.


A Patrulha é a "família" mais próxima, porém entre iguais. Para com ela será exigido o cumprimento dos compromissos e dela se receberá autorização para as Aventuras que permitirão medir as próprias forças.
Dar importância à autonomia da Patrulha é ajudá-los a crescer e proporcionar-lhes um espaço onde exercer a sua responsabilidade.


Estes elementos institucionais são estáveis e permitem o funcionamento dos seguintes órgãos:
- Conselho de Grupo: (órgão deliberativo);
- Conselho de Guias: (órgão executivo);
- Conselho de Aventura: (órgão executivo);
-Conselho da Lei: (órgão jurídico ou judicial).
Estes elementos institucionais permitem e favorecem uma aprendizagem democrática, já que representam os três poderes em que se baseia a nossa sociedade. Neles estão sempre representados os Exploradores, com mais ou menos incidência e segundo o seu grau de responsabilidade.

Os dois elementos complementares são os seguintes:
- Oficinas (atelier's);
- Comissões.
Actividade Típica de Secção
Nesta idade começa a ser de particular importância a vivência em grupo. O sente necessidade de encontrar um círculo de amigos, de se reunir com eles, de jogar em grupo, de sentir emoções fortes, enfim de sonhar com grandes aventuras.
Assim, a Equipa de Animação deve motivar o aparecimento de várias Aventuras, que incluirão pequenas expedições, grandes e pequenos jogos, actividades de ar livre e muitas outras coisas.

- A Aventura
A Aventura é o elemento místico que preside à Unidade dos Exploradores, e toda a mística tem o seu ambiente, os seus relatos, as suas personagens, os seus ritos, etc.
Na Secção dos Lobitos, a mística assenta na base de "O Livro da Selva"; é uma proposta em ordem ao fantástico. Nesta Secção evolutiva, dos 10 aos 14 anos, é necessário um ambiente místico real ou que possa ser real; centra-se na ideia da descoberta. É a descoberta das suas próprias possibilidades pessoais, exercitadas mediante a descoberta do seu envolvimento geográfico.
- As Características da Aventura
A Aventura deve ser:
Autêntica: Que suponha ser uma actividade com certo risco a superar.
Adequada: Para que as suas possibilidades evolutivas tendam a superar-se, porém, sem descurar as possibilidades de êxito.

Ambiente "selvagem": Nesta Secção a Natureza cria muitas possibilidades de Aventuras, que fomentam algumas aprendizagens básicas de destreza e de organização, sem recusar o ambiente urbano que também tem possibilidades de descoberta social.
- Estrutura e funcionamento da Aventura
Tal como já foi dito, a Aventura é toda a vida da Unidade. Esse espírito ou ambiente da Aventura concretiza-se em determinadas actividades. Depende do grau de maturidade do Grupo, ou seja, da rodagem em anos anteriores, da experiência dos responsáveis, do meio sócio-educativo dos componentes da Unidade, que estas actividades surjam da iniciativa dos Exploradores, ou sejam bem induzidas, ou propostas pelos responsáveis.
Estes preferirão propor oficinas para realizar as aprendizagens ou actividades curtas e muito animadas para entrar em rodagem. Prepara-se assim o terreno para uma Aventura concreta.
Esta surge quando uma série de ideias flutuam no ambiente do Grupo. Ideias que apareceram depois das Patrulhas terem realizado uma série de actividades e algumas aprendizagens concretas, e, assim, se vêem capazes de empreender algo mais forte, mais interessante. Algumas vezes, pode surgir o "clarão" e criar-se uma motivação; outras, são os responsáveis que criam o ambiente preciso, para que as possam idealizar.


A estrutura da Aventura baseia-se nestas quatro fases, resumidamente:
1ª Fase: EscolhaApresentar, idealizar, criar, inventar, sensibilizar, eleger...
2ª Fase: PreparaçãoPlanificar, organizar, aprender, enriquecer, testar...
3ª Fase: RealizaçãoViver o projecto, a acção, os jogos, as competições...
4ª Fase: AvaliaçãoAvaliar, celebrar, festejar, agradecer...
Nesta Secção é necessário oferecer aos rapazes e raparigas uma proposta de progresso ao seu alcance, que seja credível e realizável e, em resumo, realista.
No nosso estilo de progresso "pessoal" interessamo-nos pelo progresso de cada um dos jovens. Para o poder analisar será imprescindível que nos situemos tanto nas áreas em que potenciaremos este progresso, como no nível que o jovem deve alcançar em cada área.
O progresso pessoal será: progressivo, individual, alcançável, animado, estimulado e inspirado na Lei do Escuteiro.


Propostas de progresso para a Secção
As propostas de progresso devem abarcar umas tantas fases concretas, para que o educador possa, durante esse percurso, valorizar o jovem a crescer em cada uma delas.
Com base nas finalidades do Escutismo - pólos educativos ou áreas de desenvolvi-mento - as etapas do Sistema de Progresso da II Secção encontram-se divididas em dez áreas, a saber:
Saúde/Socorrismo
Desenvolvimento Físico
Cultura/Comunidade
Natureza/Vida em campo
Técnica
Prevenção e Segurança
Arte e Expressão
Os outros e a B.A.
Vida da Associação/Patrulha

Vivência da Fé
que se desenvolvem ao longo do tempo de permanência nesta Secção, organizado da seguinte forma:
Fase de Adesão ao Movimento e à Secção (integração)
1ª Etapa - Insígnia de Bronze/Autonomia

2ª Etapa - Insígnia de Prata/Responsabilidade

3ª Etapa - Insígnia de Ouro/Animação

Todos estes estádos de progresso têm como suporte:
Lei Princípios
Promessa
Lema e têm como complemento o programa das Insígnias de Competência.
Mística
A mística da II secção inspira-se na figura de S. Jorge, o padroeiro da secção. Era um grande militar, que defendeu a filha do Rei de ser comida pelo dragão (lenda de S.Jorge). O explorador aprende a conhecer e a amar a natureza, a ser auto-disciplinado e auto-sufciente, a adaptar-se ao meio ambiente em que vive e a repeitá-lo, assim como a todas as outras pessoas. A vida de um explorador é exclusivamente dedicada à natureza: fazem acampamentos, jogos...
A Mística desta Secção está inspirada, por um lado, nesse grande personagem, tantas vezes descrito por BP no "Escutismo para Rapazes" e em tantos outros escritos, que é o Explorador, e, por outro lado, nos Heróis do Povo de Deus.
Ao escolhermos estes personagens como pedras angulares da Mística desta Secção, tivemos em consideração as necessidades e as aspirações dos jovens de hoje, e os objectivos educativos do Escutismo e da Igreja.
Os Heróis do Povo de Deus
A par dos exploradores, os Heróis do Povo de Deus ajudam a enriquecer a proposta educativa para os pré-adolescentes e adolescentes do CNE. As aventuras que as suas vidas encerram particularmente a do Patrono, S. Jorge, são um elemento catalisador, para que as actividades sejam fortemente marcadas por uma dinâmica que vai permitir ao pré-adolescente a descoberta do Homem, criado à imagem e semelhança de Deus.
A introdução deste novo elemento na Mística da Secção, permite que a formação religiosa do pré-adolescente e do adolescente seja mais objectiva, isto é, que ela tenha um suporte subjacente, facilmente materializável em modelos portadores de valores universais como:
- A vivência em comunidade;- A comunhão de bens;- A unidade;- A espiritualidade;- O serviço;- A humildade;- A fraternidade;- O desprendimento/a disponibilidade.

Lobitos


O Lobitismo é um principio de uma longa caminhada que o jovem irá realizar para a sua formação fisíca, social e humana.O nosso movimento proporciona aos mais jovens o espaço de comunhão, fantasia e permanente desafio, onde as suas capacidades logicamente á medida da sua idade, são desenvolvidas através do jogo, da leitura, da vida ao ar livre…O Lobito vive tudo isso numa atmosfera de magia, onde o imaginário próprio á sua idade, fá-lo percorrer caminhos até então desconhecidos ou pouco explorados, identificando-se com personagens, símbolos e locais de uma sociedade pura e selvagem descrita no Livro da Selva.É nesta vivência que ele principia a descobrir as suas potencialidades e aptidão para tirar partido do " Grande Mundo" que o rodeia.À imagem de São Francisco de Assis, o jovem observa tudo o que o rodeia, sendo humilde no aprender, e leal na disputa, perdoa uma injustica a um amigo ou ao irmão mais velho…

Máximas
1
O lobito pensa primeiro no seu semelhante
2
O lobito não se escuta a si próprio
3
O lobito é asseado
4
O lobito é verdadeiro
5
O lobito é alegre
Oração do Lobito
Divino menino Jesus
Nós vos oferecemos inteiramente o nosso coração.
Enchei- o das vossas virtudes, e ensinai- nos a imitar- vos.
Nós queremos seguir o vosso exemplo com toda a vossa vontade, e assim, com a ajuda de Maria, nossa doce mãe, crescer em graça e idade.
Assim seja.
Amén
Mística
A mística da 1ª Secção inspira-se no espírito de São Francisco de Assis que, considerando-se simplesmente mais uma criatura entre as imensas criaturas de Deus, um irmão entre os irmãos, se tornou num dos poetas e cantores da Criação, o irmão simples, humilde, pacífico e afável do Universo;
Sem qualquer prejuízo para o espírito Cristão e a mística de São Francisco de Assis, que o Chefe despertará e desenvolverá por todos os meios nos seus Lobitos, o espírito da Alcateia inspira-se, em grande parte, na vida da Selva e na história de Máugli, em «O Livro da Selva» de Rudyard Kippling.
O Chefe deverá contar aos seus Lobitos a história de Máugli, relacionando os animais da Selva com as personagens da vida real. A história de Maúgli viver-se-à na Alcateia através de jogos, danças da Selva e representações.
Nas Alcateias o Grande Uivo e os Círculos de Conselho e Parada, são também elementos simbólicos, muito importantes de vivência e de união na Alcateia.
Mateial de acampamento

O material que levas para um acampamento depende diversos factores, como a duração, as condições climatéricas,
etc. Deixo-te aqui uma lista extensa, para que possas escolher aquilo que precisas levar para na tua mochila.
Não te esqueças de marcar toda a roupa com o teu nome e de fazeres uma lista do que levas no teu caderno de caça.

Higiene pessoal
* toalha
* escova e pasta de dentes
* sabonete (numa caixa própria, de plástico).

Roupa e calçado
* chinelos de praia, para poderes tomar banho (cuidado com o "pé de atleta")
* botas confortáveis para caminhadas
* calção ou fato de banho

Vários
* saco-cama (de acordo com a temperatura prevista)
* colchonete
* lanterna (com pilhas de reserva)
* caderno de caça com caneta e lápis
* sacos de plástico para roupa suja
* protector solar (para o verão)

Em tempo de frio
camisola interior térmica (com gola alta)
agasalho Polartec
gorro
luvas e pequeno cachecol
* toalhetes ou papel higiénico húmido
* mudas de roupa interior e meias (uma por cada novo dia)
* roupa de campo (calções, camisola do agrupamento ou secção)
* fato de treino (substitui o pijama e é mais prático)
* chapéu de abas (caso não tenhas o chapéu BP, para proteger do sol).(so em alguns agrupamentos)
* agasalhos para a noite
* meias térmicas
* casaco quente e impremeável
* casaco impermeável (que não empape com a chuva)
* "poncho" impermeável (para cobrir a mochila durante as caminhadas)
* sacos de plástico para embrulhar toda roupa e saco-cama quando dentro da mochila
* calçado de reserva
* bússola e apito
* repelente de insectos (primavera/verão)
* cantil pequeno
Para emergências (em patrulha)
* estojo de primeiros socorros
* kit de linhas e agulhas para costura
* lista de telefones de bombeiros, GNR, etc. e outros telefones úteis da zona
* pequeno manual de socorrismo e de cozinha

Não tragam
* má disposição
* rádio, walkman ou MP3 players
* telemóvel
* comidas não solicitadas (chocolates, batatas, bolos, etc..)
* artigos de valor.
Lei, Princípios e Promessa no CNE

Lei do Escuta

A Honra do Escuta inspira confiança.

O Escuta é Leal.

O Escuta é útil e pratica diariamente uma boa acção.

O Escuta é amigo de todos e irmão de todos os outros Escutas.

O Escuta é delicado e respeitador.

O Escuta protege as plantas e os animais.

O Escuta é obediente.

O Escuta tem sempre boa disposição de espírito.

O Escuta é sóbrio, económico e respeitador do bem alheio.

O Escuta é puro nos pensamentos, nas palavras e nas acções.


Princípios do CNE

O Escuta orgulha-se da sua Fé e por ela orienta toda a sua vida.

O Escuta é filho de Portugal e bom cidadão.

O dever do Escuta começa em casa.


Promessa

Prometo, pela minha honra e com a graça de Deus, fazer todo o possível por:
Cumprir os meus deveres para com Deus, a Igreja e a Pátria;
Auxiliar o meu semelhante em todas as circunstâncias;
Obedecer à Lei do Escuta;

Só para dirigentes: desempenhar o melhor que puder as obrigações da missão que me é confiada


Lei do Lobito

O Lobito escuta «Aquelá»

O Lobito não se escuta a si próprio

Máximas do Lobito

O Lobito pensa primeiro no seu semelhante

O Lobito sabe ver e ouvir

O Lobito é asseado

O Lobito é verdadeiro

O Lobito é alegre

Divisa do Lobito:
Da melhor vontade

Entrar para o CNE

Entrar para o CNE



Entrar para o CNE é fácil. Com mais de 1000 agrupamentos espalhados por todo o país, é muito provável que exista um perto de si. Se não sabe a localização ou o contacto do agrupamento mais perto de si, poderá obter essa informação junto dos nossos Serviços Centrais (telefone: 213 933 650 ou e-mail cne(at)cne-escutismo.pt ).


Quotização

Cada escuteiro terá de pagar uma quota anual que engloba os custos com o seguro escutista e com o funcionamento do Corpo Nacional de Escutas (CNE) aos seus diversos níveis (nacional,regional ou de núcleo). Numa organização com cerca de 70.000 membros, as despesas com a administração e com a animação e formação dos recursos adultos são substanciais. Em média, o valor da quota anual, destinada aos níveis atrás indicados ronda os 10 euros.

Cada agrupamento do CNE tem o seu próprio orçamento e como tal pode decidir o montante e o modo de cobrança da sua quota anual, motivo pelo qual deverá questionar previamente, a este respeito, a chefia do agrupamento a que se quer aderir.

Uniforme

Logo que faça a sua promessa, o escuteiro necessitará do seu uniforme, o qual poderá ser adquirido em qualquer das lojas escutistas que compõem o Depósito de Material e Fardamento do CNE. Em média, um uniforme novo completo custa em cerca de 45 euros.

Equipamento

O agrupamento local é normalmente proprietário ou, pelo menos tem acesso a um vasto leque de dispendiosos materiais de acampamento ou de aventura, tais como tendas, cordas, equipamento de cozinha ou até mesmo canoas ou barcos. O custo destes equipamentos é normalmente suportado através de patrocínios ou de campanhas de angariação de fundos. Quando a sua filha ou o seu filho entrar para o escutismo, poderá beneficiar do esforço que o agrupamento realiza ao longo dos anos para adquirir estes recursos.

Equipamento Pessoal

Eventualmente, o seu filho terá de adquirir algum equipamento pessoal, como por exemplo, uma marmita, um saco cama, uma mochila, um colchonete, etc. Á medida que vai crescendo e progredindo na sua vida escutista, o seu filho vai querer outros tipos de equipamento. Apesar disso, não é necessário comprar todo o material de uma vez, podendo aproveitar estas ideias para prendas de aniversário ou de Natal.

Vale sempre a pena comprar material de boa qualidade, que dure muito tempo e que se mantenha adequado durante vários anos. Procure o conselho do Chefe de Unidade ou visite as nossas lojas escutistas, cujos funcionários têm a experiência necessária para o ajudar a escolher o material mais adequado.

Em resumo …

Em resumo, o Escutismo tem um custo associado, assim como tudo neste mundo, mas pode ter a certeza que não precisa de comprar tudo já amanhã.

Apesar disso, se tiver problemas em suportar o custo associado ao Escutismo, não hesite em contactar o Chefe de Agrupamento ou de Unidade que o ajudarão a encontrar os meios para ultrapassar essa limitação.

O mais importante é o seu apoio à sua filha ou ao seu filho ao longo da sua vida escutista, não apenas com dinheiro mas sobretudo com carinho e encorajamento. É importante falar regularmente com o Chefe de Unidade da sua filha ou do seu filho e ainda com outros pais de crianças na unidade. Não se surpreendam se nós pedirmos a vossa ajuda para a organização de várias actividades ao longo do ano, uma vez que não sobreviveremos sem o vosso auxílio.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Flor de liz

Flor de liz
A Flor de Lis, insígnia do Bureau Mundial tem duas cores, que significam:
Branco: pureza; Roxo: liderança e serviço
"O Escutismo"

"O Escutismo é um movimento cuja finalidade é educar a próxima geração como cidadãos úteis e de vistas largas. A nossa intenção é formar Homens e Mulheres que saibam decidir por si próprios, possuidores de três dons fundamentais: Saúde, Felicidade e Espírito de Serviço".
Baden-Powell, Fundador do Escutismo

OBJECTIVOS:

O desenvolvimento da PERSONALIDADE - Ser capaz de escolhas autónomas e responsáveis, de as assumir até às últimas consequências.

O desenvolvimento da CRIATIVIDADE - Aprender a produzir o que se consome, resistir à alienação, ao consumo.

O desenvolvimento da SOLIDARIEDADE - Respeitar o seu semelhante, aprender a viver em comunidade, em Democracia.

O desenvolvimento da SAÚDE - Tornar-se responsável pela sua própria saúde, viver em harmonia com o seu corpo.

O desenvolvimento do SENTIDO DA VIDA - Reconhecer Deus na obra da Criação, na história vivida em comum.


ESCUTISMO: EDUCAÇÃO PELA NATUREZA E AMBIENTE "Para aqueles que têm olhos para ver e ouvidos para ouvir, a floresta é simultaneamente um laboratório, um clube e um templo."
Baden-Powell, A Caminho do Triunfo O Escutismo vê na Natureza um lugar privilegiado para o desenvolvimento físico, intelectual, social e espiritual dos jovens. O contacto com a Natureza é um elemento fundamental do ser escuteiro.


ESCUTISMO: EDUCAÇÃO PARA A NATUREZA E AMBIENTE "Deus permitiu-nos nascer num mundo repleto de belezas e maravilhas; Ele deu-nos não apenas os olhos para ver mas também inteligência para compreender.
Baden-Powell, Última Mensagem às Guias - Imaginar, experimentar, observar, explorar, tantos caminhos para: - Descobrir e compreender a Natureza e o ambiente, os seus equilíbrios e os perigos que os ameaçam; - Transformar mulheres e homens, preocupados em viver de harmonia com a Natureza e o ambiente. "Procurai deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrastes."
Baden-Powell, Última mensagem aos Escuteiros do Mundo Sentir-se responsável pelo futuro da Terra é: - agir no seu grupo; - agir na sua vida e mudar os comportamento quotidianos; - agir com a sua comunidade, por uma vida mais harmoniosa com a Natureza.


O grande objectivo do Escutismo é formar o Homem todo e todo o Homem.

Datas da historia do escutismo

Datas da História do Escutismo

1907- Acampamento na ilha de Browsea - o 1º acampamento
1908 - Publicação do "Escutismo para Rapazes", por Baden-powell
1909 - 1ª concentração de 11 000 escuteiros em Crystal Palace - Londres
1910 - O Rei Eduardo VII pede a B.P. para deixar o exército e se dedicar inteiramente ao Escutismo.
1913 - 6 de Setembro - Funda-se em Lisboa a Associação dos Escoteiros de Portugal (AEP)1916 - Início oficial do lobitismo. Surge o livro "Manual do Lobito"
1918 - Início oficial do caminheirismo
1919 - Abertura do campo Escola Internacional de dirigentes, em Gilwell Park
1920 - 1º Jamboree Mundial, em Londres onde BP é aclamado Chefe Mundial e se funda o Secretariado Mundial
1923 - 27 de Maio - Fundação, em Braga, do CNE (Corpo Nacional de Escutas) pelo Arcebispo de Braga, D. Manuel Vieira de Matos
1925 - Sai o primeiro número da revista "Flor de Lis"
1929 - BP recebe a honra do baronato como nome de Lorde Baden- Powell of Gilwell e visita Portugal. Ocorre o Jamboree de Arrowe Park
1934 - BP visita Portugal pela segunda vez
1941 - 8 de Janeiro - BP morre no Quénia, em África 1957 - Ano Jubilar - centenário do nascimento de BP e do movimento Escutista no Mundo. Ocorre o 9º Jambore Mundial
1963 - 50º Aniversário da AEP
1973 - 50º Aniversário do CNE e 14º Acampamento Nacional em Leiria
1988 - 75º Aniversário da AEP
1998 - 75º Aniversário do CNE
2007 - Comemoração do centenário do 1º acampamento escutista (Brownsea)

Estrutura dos escuteiros ( CNE )

Estrutura dos Escuteiros (CNE)

Os escuteiros estão divididos em agrupamentos, que têm normalmente um número e um local, por exemplo: Agrupamento 757 alcantara, fazem parte de um grupo e de uma zona.Dentro de todos os agrupamento existem as secções, consoante as idades e funções dos escuteiros:

LOBITOS Idade: dos 6 aos 10 anos.Organização: em bandos (sendo estes normalmente denominados por cores) por exemplo: bando castanho, bando branco, bando cinzento, etc.As suas actividades chamam-se: caçadas, vivem o imaginário do Livro da Selva (de Rudyard Kipling).O local onde se juntam é o: covil.O seu patrono é: S. Francisco de Assis.


EXPLORADORES Idade: dos 10 aos 14 anos.Organização: em patrulhas (denominadas por nomes de animais) por exemplo: patrulha águia, tigre, canguru, etc.As suas actividades chamam-se: aventuras. O local onde se juntam é a: cabana. O seu patrono é: S. Jorge.


PIONEIROS Idade: dos 14 aos 17 anosOrganização: em equipas ( tendo estas nomes de heróis, santos ou pessoas famosas) por exemplo: equipa Vasco da Gama, S. Pedro, etc.As suas actividades chamam-se: empreendimentos. O local onde se juntam é o: abrigo. O seu patrono é: S. João de Brito.


CAMINHEIROS Idade: dos 18 aos 22 anosOrganização: em equipas (tendo estas nomes de homens que lutaram pelo ideal de um "homem novo") por exemplo: equipa Ghandi, etc.O grupo chama-se: clã.As suas actividades chamam-se: caminhadas. O local onde se juntam é a: base. O seu patrono é: S. Paulo.


DIRIGENTES Têm como função a organização e a direcção dos agrupamentos, grupos e zonas.

Ser escuteiro

Ser escuteiro

O Escutismo envolve 75 000 jovens em Portugal e a nível mundial conta com mais de 24 milhões de escuteiros, em cerca de 150 países, espalhados por todos os continentes do mundo. O Escutismo guia-se por um Ideal e um Método Educativo não formal, decorrente do que Baden-powell criou.Organizam-se em agrupamentos (CNE) ou grupos (AEP), cada um com Lobitos, Exploradores ou Juniores, Pioneiros ou Seniores e Caminheiros, de acordo com a idade. Se quiseres ser escuteiro, não importa se és rapaz ou rapariga, tens apenas de escolher entre:- o CNE - Corpo Nacional de Escutas - que é o escutismo com ligação à religião católicaou - a AEP - Associação dos Escoteiros de Portugal - que é um escutismo sem uma ligação religiosa oficial (sendo interconfessional, ou seja, com liberdade religiosa). O CNE (que fala em escuteiros) propõe:- A ocupação dos tempos livres com actividades de sã alegria;- O enriquecimento da personalidade, criatividade e solidariedade;- O desenvolvimento das aptidões físicas, em contacto com a Natureza;- A vivência de um ideal, ajudando a ser melhor jovem hoje e melhor cidadão e cristão amanhã. A AEP (que fala em escoteiros) defende os mesmos ideiais sem a componente religiosa cristã.- Formação do carácter;- Criação de hábitos de observação, disciplina e confiança em si próprio;- Prática da lealdade e do espírito de ajuda ao semelhante;- Serviço aos outros, mediante acções úteis;- Promoção do seu desenvolvimento físico, intelectual, social e espiritual. As duas associações, AEP e CNE têm algumas diferenças no uniforme, sendo que, para quem não conhece, por exemplo, as calças/calções da AEP são de cor castanha e no caso do CNE a cor é o azul. As meias também são de cor diferente, mas tudo isto não é o mais importante porque... Um escuteiro reconhece-se logo!Existe uma grande organização, com escalões e tarefas, representadas por aquelas insígnias e emblemas que vês nos seus uniformes. Tudo no uniforme do escuteiro (ou escoteiro) explica o que faz, quem é, a onde pertence, etc. Nada está ali por acaso.Existe ainda o guidismo, representado pela Associação Guias de Portugal (AGP), um movimento apenas para raparigas, fundado também por Baden-Powell e desenvolvido pela sua mulher, Olave.

Historia do c.n.e.


História do cne
O Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português - nasceu em Braga a 27 de Maio de 1923. Foram seus fundadores o Arcebispo D. Manuel Vieira de Matos e Dr. Avelino Gonçalves, que em Roma mantiveram os primeiros contactos com o Movimento, quando ali assistiram, em 1922, a um desfile de 20.000 Escutas, por ocasião do Congresso Eucarístico Internacional que esse ano se realizou na Cidade Eterna.
D. Manuel Vieira de Matos
Dr. Avelino Gonçalves
Depois de bem documentados regressaram a Braga e rodearam-se de um grupo de 11 bracarenses corajosos e valentes que, a 24 de Maio de 1923, faziam a sua primeira reunião, no prédio n.° 20 da Praça do Município, para estudarem a possibilidade e oportunidade da criação de um grupo de Scouts Católicos em Portugal: Assim nasceu o Corpo de Scouts Católicos Portugueses, cujos estatutos foram aprovados a 27 de Maio desse mesmo ano pelo governador civil de Braga, e confirmados em 26 de Novembro pela portaria n.° 3824 do Ministério do Interior e Direcção Geral de Segurança, começando a partir desse dia a existir oficialmente, com legalidade e personalidade jurídica.
A 26 de Maio de 1924 é publicado o Decreto-lei n.° 9729, que confirma a aprovação dos estatutos e alarga a todo o território Português o âmbito da Associação. Em Janeiro de 1925, reuniu em Braga, pela primeira vez a Junta Nacional com: D. Manuel Vieira de Matos, Director Geral; D. José Maria de Queirós e Lencastre, Comissário Nacional; Dr. Avelino Gonçalves, Inspector-Mór; Cap. Graciliano Reis S. Marques, 1.° Vogal e Álvaro Benjamim Coutinho, 2.° Vogal.
O Movimento estende-se de Norte a Sul de Portugal e, como meio de informação entre todas as Unidades apareceu em Fevereiro de 1925 o 1.° número do jornal "Flor de Lis" que mais tarde, em Janeiro de 1945, se apresentava em forma de Revista.
Ainda em 1925, a 28 de Fevereiro, o Diário de Governo, com o Decreto n.° 10589, de 14 de Fevereiro, ratifica a aprovação dos Estatutos do CNS, cujo documento foi assinado por Manuel Teixeira Gomes, Presidente do Ministério, Helder Armando dos Santos Ribeiro, Ministro da Guerra. A 15 de Março foi aprovada a nova redacção do Regulamento Geral e ainda nesse ano, alguns responsáveis do Movimento deslocaram-se a Roma e foram recebidos pelo Papa Pio Xl, que lhes dirigiu palavras de muito apreço e encorajamento pelo progresso e expansão do Movimento, em Portugal.
O ano de 1926 foi de intensa actividade e projecção para o CNE. Durante ele foram criadas e aprovadas as Juntas Regionais de Portalegre, Açores, Coimbra, Lisboa e Núcleo do Porto, que vieram juntar-se à de Leiria, criada no ano anterior. Prova inequívoca do interesse que o Escutismo Católico estava a despertar na população portuguesa foi também o 1.° Acampamento Nacional que em Agosto desse ano se realizou em Aljubarrota, durante o qual foi entronizada na capela de São Jorge a imagem do Beato Nuno, transportada para ali num impressionante cortejo de mais de 10.000 pessoas. Este acampamento serviu como rastilho para galvanizar os entusiasmos da juventude portuguesa de tal modo que, no ano seguinte, foram constituídas as Juntas Regionais da Guarda, Viseu e Madeira e os Núcleos da Régua, Coimbra e Aveiro.
Os progressos do Movimento eram tais que, no conselho nacional reunido em Braga em Maio de 1927, o Arcebispo fundador afirmava que "o escutismo é a maior obra católica no meu país" e a testemunhá-lo realizava-se logo em Dezembro desse ano o 1.º Congresso de Assistentes do Movimento; em Março de 1928, após alguns meses de negociações foi aprovado o estatuto das várias associações Escutas de Portugal com vista à sua federação; em Agosto realizou-se em Cacia o 2.° Acampamento Nacional... ainda nesse ano o Movimento chega a Moçambique (cidade da Beira). A 5 de Março de 1929 Baden-Powell visita Portugal e assiste em Lisboa a um desfile de 700 Escutas que o aplaudem com entusiasmo; em Abril desse ano realiza-se em Coimbra o 1.° Congresso Nacional de Dirigentes e a 2 de Maio o CNS é admitido no Bureau Mundial do Escutismo; em 16 de Junho foi inaugurada a Sede da Junta Central, na Rua da Boavista, em Braga, estando presentes o Arcebispo-Fundador e as autoridades civis e militares da cidade; em Agosto 26 elementos tomam parte no 3.º Jamboree Internacional de Arrowe Park, merecendo o seu testemunho um ofício do próprio Baden-Powell, dirigido ao Presidente da República de Portugal dizendo:"...distinguiram-se durante a sua estada no campo pela sua inteligência, disciplina e eficiência e sobretudo pela sua amabilidade, encantador espirito de amizade para com os seus irmãos escuteiros e para com quem estivessem em contacto."
Em Agosto de 1930 realizou-se na praia da Granja o 3.° Acampamento Nacional; a 9 de Julho do ano seguinte no regresso da sua viagem à África do Sul, Baden-Powell visitou os escuteiros da Madeira; a 29 de Junho de 1932 foi publicado o Decreto que regularizava a Organização Escutista em Portugal; em Braga - berço do CNE -, teve lugar o 4.° Acampamento Nacional onde se levantaram 93 tendas e acamparam 464 Escutas. A 28 de Setembro de 1932, tombou o gigante; às primeiras horas desse dia D. Manuel Vieira de Matos rendeu a alma ao criador e partiu em direcção ao Acampamento Eterno. Contava 71 anos de idade e o CNE sentiu por dentro a partida do seu fundador! No ano seguinte é a vez de Dr. Avelino Gonçalves deixar também o Movimento que ajudou a nascer e carinhosamente fez crescer, para se dedicar a outro múnus do seu Ministério. Sucede-lhe no CNE o Cónego Martins Gonçalves.
No ano de 1934 foi publicado o 1.° Regulamento que permite a entrada de Senhoras para o CNS como Dirigentes de Alcateias e a 12 de Abril do mesmo ano, Baden-Powell chega a Lisboa acompanhado de sua esposa e 700 Dirigentes ingleses. Devido ao seu precário estado de saúde não pôde sair do barco, mas um garboso desfile com cerca de 2 mil Escutas foi ao cais saudar o Chefe Mundial que nos visitava pela segunda vez. Em Novembro foi publicado o novo Regulamento onde aparece oficialmente a nova designação de Escutas em substituição de "Scouts", desaparecendo definitivamente o CNS para aparecer o CNE.
Em 1935, reunido no Porto, o Conselho Nacional substitui o termo de "Director" por Assistente e "Inspector" por Secretário (Nacional).1936 é um ano difícil para o CNE, talvez o mais crítico de toda a sua existência! A Organização Escutista de Portugal é extinta pela Portaria n.° 8488, publicada no Diário do Governo de 13 de Agosto de 1936, e o CNE volta a regular-se pelo Decreto n.° 10589, de 14 de Fevereiro de 1925. A situação é crítica porque a oficialização dos movimentos juvenis por parte da Igreja e do Estado deixaram o escutismo como que ao abandono, mas a coragem, dedicação e espírito escuta de um bom punhado de Dirigentes afastaram o perigo e evitaram o naufrágio, e assim, em Agosto desse ano, já se realizava em Leiria o 6.° Acampamento Nacional. Em Agosto de 1939 teve lugar na Madeira o 2.° Congresso Nacional de Dirigentes. No ano das Comemorações Centenárias (1940) O CNE quis assinalar a sua presença neste jubileu da nacionalidade. O Conselho Nacional da Figueira da Foz delibera levantar o seu cruzeiro da independência na Cidade Berço, Guimarães, solenemente inaugurado a 8 de Dezembro, Dia da Imaculada. Em 1941, como os Escutas de todo o mundo, o CNE sente profundamente a morte de Baden-Powell que faleceu no Quénia a 8 de Janeiro desse ano, com 83 anos de idade e uma extensa e brilhante folha de serviços prestados à Humanidade.
No meio das dificuldades surgem notas de apreço e reconhecimento de dois amigos do CNE: suas Santidades Pio XII e Paulo VI.
"E que a Associação Portuguesa de Escutas Católicos pelos seus muitos e grandes serviços prestados... bem merece da Igreja. Mais de 60.000 jovens ele procurou formar no Amor e na Prática da Fé, da Piedade, da Caridade e das outras virtudes."
E em 1934, em nome de Pio XII, escreve ainda J. B. Montini: «É também digno de todo o louvor o espírito que tem animado o CNE: fidelidade e obediência à Hierarquia, para "bem servir" e "da melhor vontade"».
No momento de tantas dúvidas e no meio de tanta esperança e Fé, as palavras do fundador, D. Manuel Vieira de Matos:
«Queridos rapazes, metade do meu coração é vosso, levai-o convosco» E acrescentava às palavras de Pio XI: «Deveis ser os primeiros na profissão de fé cristã, os primeiros na dignidade da vida, os primeiros na pureza, os primeiros em todas as manifestações da vida cristã». «Depois de Deus, a dedicação até ao sacrifício dos seus dirigentes, e o seu magnifico órgão, a "Flor de Lis" encerram certamente o segredo do extraordinário progresso desta que consideramos a mais benéfica instituição juvenil ».
Sucedem-se pois os 7.° e 8.° Acampamentos Nacionais em Tomar (1946) e em Braga (1948). E, em 1950, procede-se à aprovação de novos Estatutos e publica-se novo Regulamento Geral. Aliás, estas duas décadas que se vão seguir (50/60) parecem ter dado origem a uma pequena "revolução" após as vicissitudes atrás referidas. Com efeito, ainda em 1950 (a 5 de Novembro) a Junta Central transfere-se para Lisboa e nos anos seguintes vários dirigentes deslocam-se ao estrangeiro (nomeadamente a Gilwell Park, em Londres) para frequentarem Cursos de Formação de Dirigentes. Sucedem-se os Campos-Escola e os Acampamentos Nacionais que continuam a reunir já não centenas, mas milhares de Escutas. Foi assim com os 9.°, 10.° e 11.° Acampamentos Nacionais que reuniram em Coimbra (1952), Porto (1956) e Lisboa (1960). É também em Lisboa que, no ano seguinte, se realiza, de 19 a 25 de Setembro, a Conferência Internacional do Escutismo. O CNE cresce a olhos vistos e assiste, em 1963, à inauguração, em Fraião, de um Campo-Escola permanente que incrementará, sem dúvida, as possibilidades de Formação de Dirigentes. Logo, no ano seguinte, novo Acampamento Nacional, o 12.º, desta feita na Covilhã, evidenciando-se assim uma preocupação pelo desenvolvimento do Escutismo no interior do pais.
Assim se verifica, em 1966 e a 15 de Agosto, em Fátima, o 1.° Encontro Nacional de Dirigentes, a que se segue, em 1968 e em Portalegre, o 13.° Acampamento Nacional. E com tudo isto, ainda por solidificar, um CNE ainda jovem, está a 5 anos do seu jubileu, que se verificou em 1973, com grande pompa, numa Concentração Nacional em Braga (no mês de Maio) e com o 14.° Acampamento Nacional, em Leiria.
O CNE lança "alicerces" para o futuro
Com as transformações da sociedade portuguesa, que viria assistir à Revolução de Abril de 1974, também no CNE se operam transformações. Em Julho de 1974, a Junta Central considera-se demissionária e o Conselho Nacional nomeia uma Comissão Executiva que passa a gerir a Associação. Este processo conduz à aprovação dos novos Estatutos, em 9 de Março de 1975, em consequência dos quais é empossada a 1.ª Junta Central eleita por sufrágio directo tendo como Chefe Nacional Manuel António Velez da Costa, qual viria a ser reconduzido no cargo em 1980, igualmente através de eleições nacionais.
Em 1976, uma conclusão do Conselho Nacional admite, com condições, a admissão de jovens de sexo feminino para as várias secções, altura que é considerada por alguns sectores da associação como o lançamento da coeducação no CNE. Em 1978 realiza-se o 15.° Acampamento Nacional em Aveiro, já com um campo sénior, para a III secção, entretanto criada, para os jovens dos 14 aos 17 anos, com os Estatutos de 1975.
Em 1980, finalmente, em Ermesinde, o Conselho Nacional reúne extraordinariamente para lançar um novo Sistema de Formação de Dirigentes.
Com o seu mandato a terminar, a equipa de Velez da Costa, numa "ponta final impressionante", consegue dirigir a Associação num caminho que passou, em 1981, por um revisão estatutária (concluída em 26 de Setembro) até à revisão geral do regulamento do CNE, que ficaria concluída em princípios de 1984, para entrar em vigor em 1 de Março do mesmo ano. No ano seguinte (29.05.1982), uma representação dos Comités Mundial e Europeu deslocam-se a Portugal, onde entregam ao CNE e à AEP, que recentemente haviam fundado e constituído a FEP (Federação Escutista de Portugal), o respectivo diploma. Caminho que assistiu ainda à realização do 16.° Acampamento Nacional em Setúbal, em 1983, numa altura em que davam os primeiros passos do acordo celebrado entre o CNE e o MSC (Movimiento Scout Católico de Espanha), após uma Cimeira Ibérica das duas associações. Tudo, entretanto, recheado com duas prendas: a "Medalha de Bons Serviços Desportivos" e o reconhecimento do CNE (Escutismo Católico Português) como Instituição de Utilidade Pública, conforme despacho do Primeiro Ministro, publicado no Diário da República, II série, de 3 de Agosto de 1983 (Despacho de 20 de Julho de 1983).
Rumo à actualidade
Os últimos quinze anos ficam marcados por uma grande expansão do Escutismo e aumento dos efectivos, em todo o continente e regiões autónomas.
Novas áreas são desenvolvidas. A do ambiente com a inauguração em 1988, do Centro Nacional de Formação Ambiental, em S. Jacinto, com toda a gama das mais diversas campanhas, onde se destaca a de "Um Milhão de Árvores"
Campanhas como a do calendário escutista, a do seguro escuta, a da sede própria e outras vêem, concretizar o nosso património.
A nível pedagógico dá-se realce ao aparecimento das metodologias educativas das quatro secções, livros, revistas, fichas e manuais.
Rover's, encontros e fóruns de caminheiros, expansão do Escutismo Marítimo, a forte sensibilização do Escutismo de integração, são pontos fortes na vida da associação.
Os últimos três Acampamentos Nacionais, como o de Bagunte em 1987, o do Palheirão em 1992, em que o governo atribuiu a Ordem de Mérito, como reconhecimento do CNE junto dos jovens Portugueses e o de Valado de Frades em 1997, constituíram pontos altos na vida da Associação e dos milhares e milhares de jovens participantes.
Como resultado destes eventos foi a presença maciça no Jamboree da Holanda em 1995 e do Moot na Suécia em 1996 que são bem o testemunho do grande desenvolvimento que ocorre a todos os níveis.
Seminários como o da Família em 1994 e o congresso "Valores e Missão" em 96/97, concretizam a forte maturidade e implantação do Escutismo Católico em toda a sociedade portuguesa.
A última palavra para a organização do CNE, com a publicação dos últimos estatutos, diversos regulamentos e regimentos e os mais diversos protocolos com destaque para os dos Países de Língua Oficial Portuguesa.

O fundador do escutismo


O Fundador

Em 22 de Fevereiro de 1857 nasceu em Londres, Robert Stephenson Smith Baden-Powell, que mais tarde seria famoso como fundador do Escutismo. Sendo o quinto de sete irmãos, filho do Rev. Prof. Baden-Powell e Henriqueta Graça Smyth, Robert teve na companhia dos irmãos mais velhos uma infância muito divertida em Londres, que naquele tempo era muito diferente da grande cidade de hoje, pois ainda oferecia muita facilidade para actividades ao ar livre. Assim, desde menino, Baden-Powell aprendeu através de caminhadas e excursões a cuidar de si. Embora órfão de pai, sempre encontrou na mãe e nos seus irmãos o apoio necessário para tornar a sua infância muito feliz.
Baden-Powell fez os seus estudos em escolas públicas, onde era muito popular e querido por todos, colegas e professores. Nas férias, aproveitava para acampar com seus irmãos mais velhos. Quando terminou os estudos secundários, Baden-Powell ingressou no exército.
Como oficial, viajou muito, conhecendo grande parte do mundo. Durante as suas viagens conheceu tribos de guerreiros da África, os vaqueiros americanos e conviveu com os índios da América e do Canadá. Graças à sua competência, honestidade e exemplo como líder de homens, Baden-Powell, fez uma carreira militar brilhante.
Podemos citar como exemplo a Guerra do Transvaal em 1889, onde comandou a guarnição de Mafeking, importante entroncamento ferroviário, cuja posse era de grande valor estratégico. A cidade foi duramente atacada, durante 217 dias, pelas forças inimigas, entre os anos de 1899 e 1900. Como havia poucos soldados regulares em Mafeking, Baden-Powell treinou os cidadãos capazes de empunhar uma arma e para isso teve que organizar um grupo de jovens cadetes, os adolescentes da cidade, que desempenhavam todas as tarefas de apoio, tais como: cozinha, comunicações, primeiros socorros, etc. Graças a esses recursos, à inteligência e coragem de seu comandante, foi possível a cidade resistir a forças muito superiores, até que chegassem reforços.
A maneira como os jovens desempenharam suas tarefas, os seus exemplos de dedicação, lealdade, coragem e responsabilidade, causaram grande impressão em Baden-Powell e, anos mais tarde, aquele acontecimento teve grande influência na criação do Escutismo.
Graças aos seus feitos na vida militar, Baden-Powell tornou-se um herói no seu país. Durante uma viagem a Inglaterra, Baden-Powell viu alguns rapazes criarem brincadeiras através de um livro, que ele havia escrito para batedores do exército e que continha explicações sobre como acampar e sobreviver em regiões selvagens. Então, conversando com os amigos, ele entusiasmou-se e resolveu realizar, em 1907, na ilha de Brownsea, um acampamento com vinte rapazes dos 12 aos 16 anos, onde transmitiu conhecimentos técnicos tais como: primeiros socorros, observação, técnicas de segurança para a vida na cidade e na floresta, etc.
Devido aos bons resultados deste acampamento, Baden-Powell começou a escrever o livro "Escutismo para Rapazes" que, inicialmente, foi publicado em fascículos e vendido nas bancas de jornais, durante o ano de 1908. Os jovens ingleses entusiasmaram-se tanto com o livro que Baden-Powell organizou e fundou o Movimento Escutista.
Rapidamente o Escutismo alastrou-se por vários países do mundo. Em Portugal o Escutismo deu os primeiros passos ainda no território de Macau em 1911, tendo os seus impulsionadores regressado ao nosso país e fundado, em 1913, a Associação dos Escoteiros de Portugal. O Corpo Nacional de Escutas, Escutismo Católico Português, veio a ser fundado 10 anos mais tarde, em 27 de Maio de 1923, na cidade de Braga.
O Escutismo, nascido na Inglaterra, não respeitou fronteiras, alastrando-se por outros países, e, já em 1920, em Londres, reuniram-se num grande acampamento Escuteiros de várias nacionalidades. Foi neste primeiro acampamento mundial, denominado Jamboree, que 20.000 jovens aclamaram Baden-Powell como Chefe Mundial. Desde então, o crescimento do Escutismo foi grande e nem as duas guerras mundiais conseguiram enfraquecê-lo.
Depois de vários anos de dedicação ao Escutismo, viajando pelo mundo e fundando Associações Escutistas em vários países, Baden-Powell sentiu as suas forças escassearem. Retirou-se então para uma propriedade que possuía próximo da cidade de Nairobi, no Quénia. Ali, na companhia da esposa, dividiu o tempo entre pintura, a numerosa correspondência e as visitas de amigos. Faleceu na madrugada de 8 de Janeiro de 1941 enquanto dormia, deixando para nós, Escuteiros do mundo, não só uma enorme exemplo humano mas também uma Última Mensagem.